(ANSA) - Após várias semanas de debate, o Congresso instalou hoje a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília.
"Este é um momento de extrema importância. Devemos investigar o que realmente aconteceu no dia 8 de janeiro. Esta comissão trabalhará em prol da democracia, pois não é razoável que tenhamos vivido o que ocorreu naquela data e que nada seja investigado por esta Casa", declarou o deputado Arthur Maia (União Brasil), eleito presidente da CPMI.
"É sabido que existe uma narrativa de que houve uma orquestração maior com a intenção de golpe para interromper a democracia no Brasil", reforçou.
Já a senadora Eliziane Gama (PSD) será a relatora da CPMI, enquanto os vice-presidentes serão Cid Gomes (PDT) e Magno Malta (PL), este último um bolsonarista convicto.
O PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ficou de fora dos principais cargos da mesa diretora, como parte de um acordo com os partidos do "centrão" para viabilizar a CPMI. A relatora Eliziane Gama, no entanto, apoiou Lula nas eleições de 2022 e é próxima ao ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB).
Já o deputado Rogério Correia (PT) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro deve ser "convocado" a depor na CPMI por ser o autor "intelectual" do levante de 8 de janeiro.
A CPMI tem prazo inicial de 120 dias, com possibilidade de prorrogação. (ANSA)
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