(ANSA) - O Parlamento da Itália caminha para abrir uma comissão de inquérito sobre o desaparecimento de Emanuela Orlandi e Mirella Gregori, que sumiram em 1983, quando eram adolescentes, casos que até hoje atormentam o Vaticano.
Já aprovado na Câmara dos Deputados em março passado, o texto recebeu aval unânime da Comissão Constitucional do Senado e agora vai para voto em plenário para a chancela definitiva.
"Estamos muito contentes. A busca pela verdade e por justiça pertence a todas as pessoas de boa vontade", disse à ANSA a advogada da família Orlandi, Laura Sgrò.
Emanuela Orlandi era filha de um funcionário da Santa Sé e residia dentro dos muros do Vaticano, mas desapareceu enquanto voltava para casa após uma aula de música em Roma em 22 de junho de 1983.
Diversas hipóteses foram consideradas nas últimas décadas, desde crime comum até vingança contra seu pai ou contra a Santa Sé, passando pelo suposto envolvimento de mafiosos, mas nenhuma foi confirmada pela Justiça.
Em novembro de 2022, o lançamento da série "A Garota Desaparecida do Vaticano", pela Netflix, reacendeu a atenção sobre o caso, e cartazes com o rosto da jovem voltaram a aparecer nas ruas de Roma.
Já Mirella Gregori desapareceu em 7 de maio de 1983, também na capital italiana, aos 15 anos de idade, e muitos acreditam que seu sumiço esteja ligado ao de Orlandi. (ANSA)
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