(ANSA) - O presidente da Itália, Sergio Mattarella, iniciou nesta terça-feira (4) sua viagem pela América do Sul e se reuniu com a comunidade italiana no Chile.
"Tenho o prazer de conhecê-los para expressar o abraço da Itália tão mais intenso quanto mais distante geograficamente", declarou.
Em seu primeiro compromisso oficial no país, Mattarella, acompanhado de sua filha Laura, visitou o Stadio Italiano de Santiago do Chile, uma estrutura esportiva cultural que foi fundada em 1939 por imigrantes italianos, e fez um discurso.
O líder italiano brincou sobre a data de fundação do Stadio Italiano: "Só posso estar ligado ao estádio, porque nasci no ano em que foi fundado. Eu sou conterrâneo deste estádio", disse ele.
Para Mattarella, Itália e Chile "são países muito ligados em vários elementos" e a "comunidade italiana, os chilenos de origem italiana muito integrados no país, é uma presença muito forte, também protagonista do desenvolvimento do país".
"Chile e Itália estão próximos e em harmonia em nível político, cultural e econômico e unidos por "um vínculo de natureza humana", afirmou Mattarella, lembrando que "os italianos que vêm para cá" e "os muitos chilenos que vão para a Itália" e agradecendo aos funcionários da embaixada "pelo excelente trabalho".
Segundo os dados fornecidos pelo presidente honorário do Stadio Italiano, Rocco Inserrato, os italianos no Chile com direito de voto no exterior são 90 mil, sendo que 70% vive na capital do país. "O fluxo da Itália foi iniciado depois da Primeira Guerra Mundial e teve seu pico depois da Segunda Guerra Mundial", explicou.
Por fim, o presidente da Itália disse estar "muito feliz por poder fazer esta visita oficial ao Chile, que há tempos desejava fazer, mas a atividade internacional desacelerou devido à Covid".
"Estou muito feliz por ter conseguido fazer em um momento importante para a comunidade internacional, pelas tensões que existem, pela necessidade de fazer sentir aos países que têm vocação para a paz, o equilíbrio e a colaboração internacional qual é o real, o mais justo e o adequado caminho para o destino do mundo. Este lugar é uma expressão desses valores porque é um ponto de conexão", concluiu.
Na sequência, Mattarella também visitou o Museu da Memória e dos Direitos Humanos, no qual filmes, fotos, exposições, depoimentos em vídeo e recortes de jornais traçam os anos da ditadura de Augusto Pinochet, que começou em 11 de setembro de 1973, com o golpe de estado e o suicídio do presidente Salvador Allende.
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