(ANSA) - Os Estados Unidos proibiram a entrada do ex-presidente do Panamá Juan Carlos Varela em território americano.
"Como vice-presidente (2009-2014) e depois presidente (2014-2019), Varela aceitou propina em troca da concessão irregular de contratos do governo", diz um comunicado do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que também lembra que o panamenho é acusado de "participação em notável corrupção".
"A decisão reafirma o compromisso dos EUA em combater a corrupção endêmica no Panamá. Os cidadãos confiam em quem os representa. A corrupção injustamente priva as pessoas de serviços públicos de qualidade. Se não for enfrentada, continuará a deprimir a prosperidade do país, enfraquecer sua democracia e impedi-lo de atingir todo o seu potencial", acrescenta a nota.
Juan Carlos Varela e seu predecessor, Ricardo Martinelli, respondem a um processo, desde 2022, por suposta lavagem de dinheiro de propinas.
Os recursos irregulares seriam originários da empreiteira brasileira Odebrecht e resultaram num escândalo nacional de corrupção. O partido do ex-presidente é acusado de ter recebido US$ 10 milhões (R$ 47,9 milhões) da Odebrecht, mas ele afirma ser inocente.
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