(ANSA) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sua esposa e seus três filhos prestaram depoimento à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (25) sobre os ataques sofridos no aeroporto internacional de Roma, na Itália.
Moraes detalhou as hostilizações e explicou que foi alvo de duas investidas em Fiumicino no último dia 14 de julho e destacou que Roberto Mantovani Filho e Andréia Munarão teriam o acusado de ter "fraudado as urnas e roubado as eleições".
Além disso, o ministro e seus familiares confirmaram que as ofensas tiveram motivação política e os agressores tinham o objetivo de "constranger" os presentes.
Segundo Moraes, Munarão o abordou enquanto fazia seu credenciamento para acessar uma sala VIP no aeroporto em Roma e começou a xingá-lo de "comunista", "bandido" e "comprado". Na sequência, ela gravou o ministro com o celular e passou a gritar que ele havia "fraudado as urnas e roubado as eleições".
Ainda de acordo com os depoimentos, a mulher foi alertada pelos filhos que seria filmada e processada, se continuasse com os ataques. Logo depois, ela teria chamado o marido, Mantovani, que também começou a agredir verbalmente a família.
Neste momento, o filho de Moraes tentou pegar o celular para gravar os ataques, mas Mantovani deu um tapa em seu rosto e derrubou seu óculos. O empresário chegou a ser contido por um estrangeiro e acabou deixando a sala, mas logo retornou e voltou a gravar a família e ofender todos.
Por sua vez, Moraes disse que tiraria fotos para identificar todos e processar no Brasil. Apesar disso, Mantovani, Munarão e o genro do casal, Alex Zanatta, continuaram com as agressões.
Tanto o ministro como seus familiares afirmaram que os ataques podem ser comprovados com as imagens das câmeras de segurança do Aeroporto Internacional de Roma. Os acusados, no entanto, negam a versão sobre a agressão ao filho do ministro e alegam que houve apenas um "entrevero".
Além disso, afirmam que, na verdade, foram vítimas de hostilizações por parte do filho de Moraes, de acordo com o advogado de defesa Ralph Tórtima Stettinger.
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