(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse nesta quinta-feira (27) que a reconstrução da Ucrânia e a relação com a África serão "temas centrais" durante sua gestão na presidência do G7.
A declaração foi dada pela italiana durante coletiva de imprensa na sede da Embaixada da Itália em Washington, após encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa Branca.
"A reconstrução da Ucrânia e a relação com a África serão centrais para a presidência do G7. A Europa e o Ocidente não deram peso suficiente à África no passado", declarou ela, lembrando que a África não é um continente pobre, mas rico".
Para Meloni, "é um erro fatal" na política externa "não ver todo o tabuleiro de xadrez", e Biden está disponível para colaborar com a Itália no Plano Mattei para a África.
"Discutimos com Biden a próxima presidência italiana do G7. Há uma grande expectativa e um grande apoio dos EUA", acrescentou.
A premiê italiana explicou ainda que "a postura da Itália no conflito ucraniano é extremamente respeitada, considerada pelos Estados Unidos que estão cientes dos sacrifícios e esforços que os italianos estão fazendo e acreditam que as responsabilidades e consequências são compartilhadas".
Biden e Meloni reforçaram o apoio à Ucrânia que "se defende contra a agressão ilegal da Rússia". Desta forma, a Casa Branca informou que "os Estados Unidos e a Itália continuarão a fornecer assistência política, militar, financeira e humanitária à Ucrânia pelo tempo que for necessário, com o objetivo de alcançar uma paz duradoura e justa".
Por fim, os dois líderes condenaram "a retirada unilateral da Rússia" do acordo sobre os grãos ucranianos, "reconhecendo a necessidade de enfrentar as consequências globais do conflito, sobretudo para a estabilidade e segurança alimentar dos países mais vulneráveis".
China e Tunísia
Durante a coletiva, Meloni anunciou que uma de suas próximas missões será na China, mas ainda não está marcada porque precisa tratar questões de política interna.
Por sua vez, a Casa Branca garantiu que os Estados Unidos e a Itália "reafirmam a importância vital de manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan" e "estão comprometidos em fortalecer as consultas bilaterais e multilaterais sobre as oportunidades e desafios colocados pela China".
Além disso, Meloni relatou que a "a posição de Biden em relação à Tunísia é "muito mais aberta do que esperava, é uma posição pragmática".
"O tema da relação entre a Tunísia e o FMI é mais a dificuldade de encontro entre as partes, mas encontrei apoio e atenção do presidente americano para as nossas iniciativas", concluiu ela.
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