(ANSA) - A premiê da Itália, Giorgia Meloni, disse que ainda não decidiu se vai retirar seu país da "Iniciativa do Cinturão e Rota" (BRI), megaprojeto promovido pela China para ampliar sua influência no mundo em troca de investimentos pesados em infraestrutura e telecomunicações.
Em 2019, na gestão do então primeiro-ministro Giuseppe Conte, Roma assinou com Pequim um memorando de entendimento sobre a chamada "Nova Rota da Seda", mas o governo deve decidir até o fim de 2023 se renova o protocolo.
"Ainda não decidi", disse Meloni em entrevista à Fox News, "é algo que precisamos discutir na Itália", único país do G7 e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a integrar a iniciativa.
A premiê, que se encontrou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na semana passada, ainda apontou o paradoxo de a Itália ser a única nação do G7 na "Nova Rota da Seda", embora não tenha o maior intercâmbio comercial com a China.
Suas declarações chegam após o ministro italiano da Defesa, Guido Crosetto, ter dito que a adesão de Roma à BRI foi um ato "improvisado e infame" do governo Conte e que agora é preciso "voltar sobre nossos próprios passos sem prejudicar as relações" com a China. (ANSA)
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