(ANSA) - Os líderes do golpe de Estado no Níger declararam nesta segunda-feira (14) que o presidente deposto Mohamed Bazoum será processado por "alta traição" e "ameaça à segurança".
O anúncio foi feito em uma transmissão na rede de televisão estatal.
"Até o momento, o governo do Níger reuniu provas para processar o presidente deposto e seus cúmplices locais e estrangeiros diante dos organismos nacionais e internacionais competentes por traição e por ameaças à segurança interna e externa do país", declarou o coronel Amadou Abdramane, porta-voz do governo golpista.
No mesmo pronunciamento, ele afirmou que o país está sofrendo com sanções "ilegais, desumanas e humilhantes" impostas pela Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao).
"A população sofre seriamente com as medidas, que privam o país de produtos farmacêuticos, gêneros alimentícios e fornecimento de energia elétrica", disse o coronel.
Em entrevista à Deutsche Welle, o primeiro-ministro nomeado pela junta militar do golpe, Ali Mahaman Lamine Zeine, também reclamou das sanções: "Acreditamos que, apesar dos desafios injustos, seremos capazes de superá-las".
Além do envolvimento da Cedeao, a União Africana anunciou que realizará uma reunião sobre a crise nigerina nesta segunda.
"O Conselho de Paz e Segurança da UA vai se reunir para receber atualizações sobre a evolução da situação no Níger e os esforços para enfrentá-la", disse o organismo pan-africano nas redes sociais.
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