(ANSA) - O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, disse nesta quarta-feira (16) que visitará a China no próximo mês de setembro e pedirá para o governo de Xi Jinping pressionar a Rússia pela paz na guerra da Ucrânia.
"Estarei lá [na China] no início de setembro para pressionar a Rússia a trabalhar pela paz e a retirar suas tropas da Ucrânia. Todos devemos trabalhar pela paz", disse.
Em declaração à imprensa, Tajani explicou que o governo italiano está trabalhando para iniciar um diálogo, mas a guerra na Ucrânia representa "uma situação muito difícil", também porque "não há vontade, especialmente do lado russo, de iniciar um diálogo".
"Não estamos em guerra com a Rússia, mas queremos que ela saia dos territórios ocupados. Foi boa a reunião que decorreu em Jidá, onde reuniram-se muitos representantes dos vários países, incluindo do governo chinês. Foi uma pequena etapa que nos dá esperança. Mas a situação não é cor de rosa. Temo que a guerra continue por mais alguns meses", acrescentou.
O chanceler italiano enfatizou ainda que o governo da premiê Giorgia Meloni apoia as iniciativas de paz da Turquia e as promovidas pelo papa Francisco.
"A Itália apoia todas as iniciativas que possam levar ao início do diálogo. Apoiamos as ações da Turquia para reabrir o corredor do Mar Negro, que permite que navios que chegam de portos ucranianos tragam grãos para os países principalmente africanos. Apoiamos as ações do Vaticano para encorajar o diálogo entre as partes e também pressionamos a China a fazer a Rússia ouvir sua voz", disse.
Por fim, reforçou que todos querem a paz, "mas a paz não pode ser a rendição de Ucrânia, isso deve ficar muito claro".
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