(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta sexta-feira (28) que a abstenção do país na resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o conflito no Oriente Médio foi para "impedir uma escalada do conflito".
O projeto apresentado pela Jordânia que pede uma "trégua humanitária" na Faixa de Gaza obteve 120 votos a favor, 14 contrários e 45 abstenções. O representante permanente da Itália nas Nações Unidas, Maurizio Massari, comentou que o posicionamento de Roma foi tomado pela falta de uma condenação ao Hamas.
"A decisão foi a mais equilibrada possível, e não é por acaso que foi o posicionamento da maior parte dos países da Europa. Estamos tentando manter o equilíbrio, e tanto o voto a favor como o contrário poderiam afastar a Itália da posição que ocupa. Foi correto manter a posição mais equilibrada no que diz respeito ao objetivo de evitar uma escalada do conflito", disse a chefe de governo durante uma visita a Acqualagna.
O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, garantiu que os 14 italianos que estão na Faixa de Gaza não correm nenhum risco de vida no momento.
"As comunicações estão interrompidas, mas o Consulado em Jerusalém contatou uma das pessoas, que enviou uma mensagem positiva. O contexto é muito complicado, a prioridade do governo é continuar seguindo os italianos que estão lá", garantiu Tajani em entrevista ao Tg1.
O Ministério da Saúde do Hamas informou que pouco mais de 7,7 mil pessoas foram mortas em Gaza desde o início do conflito, que ocorreu em 7 de outubro.
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