(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, reiterou nesta terça-feira (7) que ajudar as famílias e reverter o declínio da taxa de natalidade no país estão entre as principais prioridades do seu governo.
"Estamos enfrentando um grande desafio, o declínio das taxas de natalidade está afligindo toda a Europa e um certo clima cultural contribuiu para empurrar para baixo a curva demográfica - ainda mais - na Itália", declarou Meloni em uma mensagem de vídeo divulgada no encontro "A maternidade [não é] um negócio" sobre mães trabalhadoras.
Segundo a premiê italiana, "há décadas que há falta de atenção" sobre a questão. "Enquanto as pessoas agiam em outros lugares, falar em apoiar a taxa de natalidade parecia quase um tabu na Itália. Quebramos esse tabu, colocamos as famílias e a natalidade no centro da agenda do governo", acrescentou a premiê italiana.
Meloni explicou que, com a Lei Orçamentária para 2024 e a última apresentada, seu governo implementou um pacote de medidas no valor de mais de 2,5 bilhões de euros para abordar a questão.
Na mensagem, ela relacionou as baixas taxas de natalidade ao desempenho econômico do país, enfatizando que "o declínio das taxas de natalidade e a falta de liberdade são basicamente duas faces do decrescimento".
"Não importa o que digam, o decrescimento nunca é feliz. Queremos que a Itália cresça, que aumente a liberdade dos seus cidadãos, o bem-estar dos seus trabalhadores, a sua capacidade de produzir", enfatizou.
Por fim, a premiê garantiu que "as empresas amigas das mães e das crianças podem ser a chave para enfrentarmos este desafio juntos".
"Ninguém acredita mais do que este governo que investir na natalidade para reverter a tendência demográfica significa apostar em nós mesmos. Porque sem filhos teremos uma Itália mais pobre, a sustentabilidade do nosso bem-estar e aquela ligação geracional na qual se baseia a capacidade de levar a nossa identidade como povo para o futuro desaparecerá", concluiu.
Recentemente, projeções divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat) apontaram que a Itália pode perder cerca de 1 milhão de habitantes até o fim desta década.
De acordo com as previsões demográficas, a população do país pode passar de 59 milhões de pessoas em 1º de janeiro de 2022 para 58,1 milhões em 2030.
No ano passado, a Itália registrou apenas 393 mil nascimentos, menor número de sua história, enquanto a premiê Meloni tem declarado que combater a queda crônica na natalidade é "prioridade absoluta" do governo.
Acordo Maternidade
Hoje, o governo italiano assinou um pacto com cerca de 100 empresas, incluindo a Enel, com o objetivo de promover a maternidade.
De acordo com o tratado, as empresas comprometem-se a “apoiar e regressar ao trabalho após a maternidade, para garantir aspectos de saúde como o controle de fertilidade e a flexibilidade com avaliação dos objetivos e não apenas a presença no trabalho”.
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