(ANSA) - O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou nesta quinta-feira (7) que é necessário fazer crescer o continente africano para resolver os problemas causados pela crise migratória.
Na abertura de uma conferência de missionários italianos na Farnesina, o político destacou que é preciso "combater a pobreza extrema", um fator que leva muitas pessoas a ingressarem em grupos terroristas.
Em sua declaração, Tajani mencionou Ruanda e Sudão como exemplos, além de países do Oriente Médio, como Síria e Afeganistão.
"Devemos cuidar dos africanos, que dentro de algumas décadas serão dois bilhões e meio, se quisermos resolver estrategicamente a questão da migração. Precisamos construir juntos um processo que estabeleça o direito de não migrar", comentou Tajani.
"Em muitos países existe também o problema do consumo de drogas. Há muitos problemas que devem ser vistos como protagonistas, como deter os traficantes que utilizam seres humanos, que são os mesmos que traficam armas e drogas", acrescentou.
Até o fim de novembro, mais de 150 mil migrantes e refugiados chegaram a Itália por via marítima desde o início do ano, um aumento de 60% em relação ao mesmo período de 2022. De acordo com dados do Ministério do Interior. Das chegadas, cerca de 70% desembarcaram em Lampedusa.
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