(ANSA) - Na Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), a Central dos Trabalhadores (CTA), a Unidad Piquetera (UP) e partidos de esquerda se reúnem nesta quarta-feira (27) em Buenos Aires, junto com outras organizações sociais e sindicais, em mais uma manifestação para repudiar o mega decreto de desregulamentação da economia assinado por Javier Milei.
A polícia de Buenos Aires prendeu pelo menos seis pessoas durante o protesto convocado por sindicatos, estudantes e partidos políticos para rejeitar o megadecreto sobre a desregulamentação da economia assinado na quarta-feira passada (20) pelo presidente Javier Milei.
Confrontos entre manifestantes e forças policiais foram registrados nas proximidades do Palácio da Justiça. A agência de notícias Telam citou um policial ferido durante os confrontos.
A Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), sindicato que representa os funcionários públicos, não descarta a possibilidade de convocar uma greve geral da categoria para protestar contra outro decreto, anunciado na terça-feira (26), que levará à demissão de 7 mil funcionários públicos.
Nesta quarta, Milei criticou os agentes que contestam o decreto econômico e disse que "obviamente" marcará um referendo caso o texto não seja aprovado pelo Congresso.
O decreto, que revoga mais de 300 normas de uma só vez, estabelece "emergência pública em matéria econômica, financeira, fiscal, administrativa, previdenciária, tarifária, sanitária e social até 31 de dezembro de 2025".
Também estão previstos a desregulamentação do mercado de aluguéis e o fim de restrições a exportações e de políticas de controle de preços.
O texto começou a valer imediatamente, mas ainda será analisado pelo Parlamento.
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