(ANSA) - A premiê da Itália, Giorgia Meloni, e o ex-primeiro-ministro Giuseppe Conte vão depor em um "júri de honra" no Parlamento na semana que vem.
Esse tipo de instrumento é acionado por um deputado quando ele alega ter sido acusado de fatos que mancham sua honra e serve para dirimir controvérsias entre parlamentares.
Conte, presidente do partido populista Movimento 5 Estrelas (M5S), pediu a convocação de um júri de honra em dezembro passado para verificar "mentiras difamatórias" ditas por Meloni, da legenda de direita Irmãos da Itália (FdI), durante discurso na Câmara dos Deputados.
Na ocasião, a premiê acusou Conte de ter aprovado a reforma do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM), instrumento da União Europeia para ajudar países em crise na zona do euro, "contra o parecer do Parlamento", "sem dizê-lo aos italianos" e "com o favor das trevas".
O júri de honra, no entanto, não possui poder punitivo, embora tenha um peso simbólico e possa gerar um pedido de desculpas por parte de quem fez a ofensa.
Segundo calendário divulgado nesta sexta-feira (12), Conte será ouvido na próxima quinta (18), enquanto Meloni será questionada na manhã seguinte.
A comissão indicada pelo presidente da Câmara, Lorenzo Fontana (Liga), será chefiada pelo deputado Giorgio Mulé, do partido conservador Força Itália (FI) e aliado da premiê. (ANSA)
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