(ANSA) - O protesto nacional organizado por agricultores italianos em Roma ainda não tem data definida para ser realizado, mas deve ter duração de quase uma semana.
"Amanhã à noite daremos a data", declarou à ANSA o líder da manifestação dos agricultores, Danilo Calvani.
Segundo ele, haverá um primeiro protesto", no qual estão previstos apenas os agricultores e não os veículos. "Isso virá mais tarde. Entretanto, os protestos continuam por toda a Itália, de norte a sul, e deverão durar quase toda a semana".
"O protesto será realizado", acrescentou Calvani, especificando que o local "deverá ser acordado com a polícia".
A declaração é dada no dia em que o ato com tratores chegou também a Paiva, após paralisar ruas em Roma, Voghera e Casteggio. Mais de 500 veículos agrícolas deslocaram-se de uma área periférica da cidade para chegar em procissão à Viale Matteotti, próximo ao Castelo Visconteo.
"O evento contou também com a participação de agricultores de Melegnano e das províncias de Brescia e Alessandria. São agricultores que representam diferentes setores agrícolas, do arroz ao vinho, todo o setor primário em risco", explicaram os organizadores.
Assim como no restante da União Europeia, a categoria critica o excesso de regulamentação ambiental na agropecuária, a alta do preço do diesel - combustível das máquinas agrícolas - e o acordo comercial com o Mercosul, que parece cada vez mais longe de se tornar realidade.
Além disso, o setor na Itália também pede o fim da desoneração do imposto de renda para pessoas físicas (Irpef) para agricultores, que estava em vigor desde 2017. O benefício foi revogado no fim do ano pelo governo da premiê Giorgia Meloni, que agora estuda reintroduzir a medida para agricultores que não sejam proprietários de grandes extensões de terra.
"Continuaremos com o protesto, que também se espalhou pela França, Alemanha e outros países europeus, até sermos ouvidos", concluíram os agricultores, que fixaram em alguns tratores placas com slogans resumindo os motivos do protesto: "Nosso futuro também é o seu" e "Estamos falidos".
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