(ANSA) - O procurador especial Robert Hur, responsável por uma investigação sobre a posse ilegal de documentos secretos pelo presidente americano, Joe Biden, decidiu não incriminá-lo.
Ele concluiu que Biden conservou e divulgou voluntariamente materiais altamente classificados quando era um cidadão comum, incluindo documentos sobre política militar e externa no Afeganistão e outras questões sensíveis de segurança nacional.
Apesar de criticar a gestão, disse que quando era vice-presidente, o político “tinha autoridade para manter documentos confidenciais em sua casa" e que, em um julgamento, Biden se mostraria como “um homem idoso e com pouca memória”.
Apesar de não ter repercussões legais, a decisão acrescenta uma camada de embaraço a sucessivas gafes de Biden, que vem trocando nomes de autoridades e tem sido atacado pela campanha de Donald Trump por sua idade (Biden tem 81 anos; Trump tem 77).
Além disso, durante a campanha presidencial, Biden deve perder a oportunidade de atacar Trump por manter documentos confidenciais em seu resort de Mar-a-Lago.
Robert Hur disse que documentos estavam em uma caixa velha de papelão, com objetos domésticos como fotos e uma escada.
Oficialmente, a Casa Branca manifestou satisfação pela decisão, mas contestando os comentários "imprecisos e inapropriados".
“Estou feliz. O caso está fechado. Eu cooperei. Sempre trabalhei para proteger a segurança da América”, garantiu Biden.
Já seu rival e antecessor Donald Trump criticou a decisão: “Este caso mostrou que o sistema judiciário tem um duplo padrão e os processos contra mim são seletivos e inconstitucionais!" O caso de Biden é 100 vezes diferente e mais grave que o meu".
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