O interrogatório do governador da Ligúria, Giovanni Toti, posto em prisão domiciliar por corrupção, será realizado em duas semanas, no dia 27 de maio.
A informação foi dada pelo advogado do político, Stefano Savi, ao fim de uma conversa com os promotores de Gênova.
Segundo o representante legal, Toti declarou: "Não cometi nenhum crime. Agora penso em chegar ao interrogatório preparado para demonstrar a correção das minhas ações".
O governador está em sua casa em Ameglia, na província de La Spezia. Segundo o advogado, ele "está reagindo positivamente": "Estuda os documentos e trabalha. Ele teria preferido um tempo mais rápido para o encontro com os magistrados, mas está aguardando".
O político e jornalista é acusado de ter recebido 74,1 mil euros (R$ 405 mil) e promessas de financiamento dos empresários dos setores logístico e imobiliário Aldo e Roberto Spinelli, em troca de favores do poder público, incluindo a privatização de uma praia na costa lígure, a facilitação dos trâmites para a construção de um complexo imobiliário e a renovação da concessão de um terminal portuário em Gênova, capital da região.
A operação teve ao menos 35 alvos e acabou jogando luz aos investigadores sobre outros casos, como uma possível fraude de 1,2 milhão de euros em suprimentos na pandemia de Covid-19.
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