(ANSA) - O setor de Saúde da Itália espera um dia difícil para esta terça-feira (5), quando médicos e enfermeiros cruzarão os braços em uma greve nacional de 24 horas convocada pelo principal sindicato hospitalar, a Associação dos Médicos e Dirigentes Sanitários da Itália (Anaao-Assomed), e pela Confederação Italiana de Médicos Hospitalares (Cimo).
As previsões indicam que a adesão será massiva, e cerca de 1,5 milhão de consultas, exames e intervenções podem ser cancelados.
Além disso, o protesto não se encerrará com o fim do dia.
Para o dia 18 já está programada uma nova greve decidida por outras siglas do setor.
Enquanto isso, governo e partidos trabalham para resolver um impasse dos cortes previstos nas aposentadorias da categoria.
A greve, que também conta com a adesão do sindicato dos enfermeiros Nursing Up, começa à meia-noite de 5 de dezembro, mas os atendimentos de urgência serão garantidos, assim como a atividade dos prontos-socorros e do 118 (número de emergência), além dos partos.
No entanto, segundo o Anaao-Assomed, todos os demais procedimentos estão em risco, incluindo exames de laboratório, intervenções cirúrgicas (cerca de 30 mil programadas podem ser adiadas), consultas especializadas (180 mil) e exames radiográficos (50 mil).
Durante a greve, manifestações ocorrerão por toda a Itália, enquanto os líderes das associações participarão de um protesto em Roma.
A greve reivindicam questões como contratação de pessoal, isenção fiscal de uma parte da remuneração, recursos adequados para a renovação do contrato de trabalho, descriminalização de atos médicos e cancelamento dos cortes nas aposentadorias.
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