O alto representante para Política Externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, apelou por uma pausa de três dias nos combates na Faixa de Gaza para que seja feita uma campanha de vacinação contra a poliomielite.
"A rápida propagação da poliomielite ameaça todas as crianças de Gaza, já enfraquecidas pelo deslocamento, privação e desnutrição", alertou o chefe da diplomacia europeia nas redes sociais.
O Ministério da Saúde do enclave palestino, controlado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas, informou que 1,2 milhão de vacinas contra a doença chegaram em Gaza. A ideia é que a campanha aplique as duas doses do imunizante em 640 mil crianças.
Embora os preparativos estejam avançando, as autoridades defendem que a campanha de vacinação será complicada de ser realizada sem um cessar-fogo, pois os bombardeios e combates terrestres poderão colocar os envolvidos em risco.
"As crianças em Gaza enfrentam riscos inimagináveis para suas vidas e saúde, incluindo a poliomielite, confirmada recentemente em um bebê de 10 meses. A Unicef e os seus parceiros estão prontos para administrar as vacinas, mas é necessário uma pausa na luta", disse Catherine Russell, diretora-geral do Fundo das Nações Unidas para a Infância.
O caso mencionado pela responsável da Unicef foi notificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e representou a primeira ocorrência da doença em 25 anos no Oriente Médio.
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