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De 'Addio Napole' a 'Cento Lire', as canções das raízes

De 'Addio Napole' a 'Cento Lire', as canções das raízes

'Roots-In' foi marcado por nostalgia nas notas dos migrantes

MATERA, 13 dezembro 2023, 09:36

Redação ANSA

ANSACheck

Canções sobre migrantes marcaram Roots-In - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

"Chegamos à partida. Eu vou embora... Adeus! Nápoles bela minha, não te verei mais! Quanto existe de mais querido/ Dentro de ti se encerra. Adeus, adeus. Um paraíso na terra. Nápoles minha, és tu". Há toda a agonia da partida, a certeza de que nada será como antes, a saudade que já dá um nó na garganta nos versos de "Addio Napole", a primeira canção autoral que fala de emigração e remonta ao meados do século 19, do qual Roberto Murolo teve uma atuação esplêndida.

Até a música, que testemunha a dor do migrante e acalma a sua dor, foi uma das grandes protagonistas do "Roots-In", bolsa internacional de turismo de raízes em Matera, também graças ao encontro musical "Cento lire: canções de distância, desejo e retorno" realizado pelo músico e curador de arte contemporânea Fabio Lacertosa.

"Basta conversar com algum avô ou avó um pouco idoso e descobrir que essas canções pertencem ao verdadeiro DNA de todos os italianos. Canções pouco antes ou depois da unificação e dos primeiros anos do século que permaneceram dentro de nós, mais do que aquilo que acreditamos. Afinal, o verdadeiro momento em que os italianos se tornaram italianos foi em 1915-18, quando nas intermináveis horas passadas nas trincheiras, à espera da morte, um lucano trocou com um friulano, um piemontês com um siciliano, um veneziano com um um campaniense, também na frente, todos longe de casa. Se cantava para ganhar coragem, para consolar pela morte de um amigo, para afastar a saudade. E isso é emocionante", disse ele.

Segundo Lacertosa, "um mapa de relacionamentos foi criado a partir das músicas que é como analisar um paciente, não do ponto de vista dos grandes médicos, mas dos fisioterapeutas".

"Com essas canções de emigrantes e de pessoas distantes de casa vamos colocar a mão nos nervos expostos, nos músculos contraídos da oralidade", acrescentou.

Além disso, o quanto essas notas podem tocar os corações italianos e isso não é demonstrado, como aponta Lacertosa, pelas comemorações quase de torcedores no estádio nos anos 80, quando Luciano Pavarotti iniciou as primeiras notas de "Torna a Surriento", ou mesmo nos meses anteriores nas paradas de Elvis Presley, com "O sole mio".

A viagem pelas canções das raízes, onde "a saudade é vivida como paixão" e onde "a dor da separação se torna insuportável", continua com outra canção menos conhecida de 1918, posteriormente reinterpretada por muitos cantores, incluindo Claudio Villa, "Ncopp'all'onna".

Neste caso, o autor explica que está no meio do mar cujas ondas parecem mais verdes que as folhas e, nessa paz irreal, remando e remando ele se esquece do mundo e cria uma canção de ninar na qual espera adormecer e sonhar e morrer com aquele lindo sonho.

Ainda na nostalgia, mas numa canção doce que transfigura a dor: Lacertosa explica ao público, atento e com alguns olhos claros, que a canção napolitana vence no mundo e "é uma bagagem maluca que nós, italianos, temos sem ter feito nada na vida", diz rindo.

"Temos a bagagem de Michelangelo, de Leonardo, de muita coisa e depois da música napolitana. O mundo inteiro sabe que somos assim, que somos poéticos e sabemos cantar o amor e a dor dessa maneira. A música napolitana é uma louca afronta cultural à morte, entre a morte e o sonho, poetas um tanto soltos tentam traduzir os elementos que vêm do povo em um filtro de altíssima cultura", acrescentou.

A viagem continua passando pelas canções dos colhedores de arroz e pela balada piemontesa "Mamma mia, dammi cento lire". O início lúdico não deve enganar: a menina vai conseguir o dinheiro para partir e ir para a América, mas sofrerá o destino mais trágico do emigrante, ou seja, o naufrágio e a morte no mar e dirá com amargura: "Meu cabelo é cacheado e lindo / A água do mar os apodrecerá" e novamente "meu sangue é vermelho e fino, / os peixes do mar o beberão".

Por fim, sobe ao palco o jovem cantor Maxi Manzo, filho de italianos que chegou a Buenos Aires vindo de Abruzzo e Molise há mais de 50 anos. A sua canção mais comovente é "El vestido de Dora" em que fala da avó que era tão pobre que não tinha vestido para a missa, o que lhe foi emprestado pelos vizinhos.
   

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