(ANSA) - O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, alertou neste domingo (5) que é preciso convencer a Rússia a negociar uma solução pacífica para encerrar a guerra na Ucrânia e evitar qualquer risco nuclear.
Em entrevista ao portal italiano "Tgcom24", o chanceler defendeu a necessidade do regime de Vladimir Putin de "adotar um conselho mais brando e sentar-se à mesa para negociar uma solução pacífica para a crise na Ucrânia".
"Naturalmente, a paz, no que nos diz respeito, significa uma paz que não inclui a derrota da Ucrânia, mas a retirada das tropas russas", declarou.
Tajani reforçou ainda que a comunidade internacional está trabalhando "para alcançar o objetivo da paz", principalmente para evitar qualquer risco nuclear.
"Queremos absolutamente evitar qualquer risco, mesmo hipotético, de usar armas nucleares, mesmo que sejam táticas, portanto limitadas a algumas áreas, porque seria um desastre", enfatizou o chanceler italiano.
De acordo com a imprensa ucraniana, citando fontes anônimas, os russos usaram pela primeira vez na Ucrânia uma nova e poderosa bomba guiada, com peso de 1,5 toneladas, projetada para atingir alvos altamente protegidos a uma distância de até 40km.
Trata-se de uma bomba UPAB-1500B, exibida pela primeira vez na Rússia em 2019, que foi usada há algumas semanas na região de Chernihiv, no norte da Ucrânia. Até o momento, não se sabe qual era o alvo.
Hoje, em entrevista ao jornal alemão "Sunday Bild am Sonntag", o ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, informou ainda que as perdas russas chegam a 500 soldados mortos e feridos todos os dias na batalha para capturar a cidade estratégica de Bakhmut, no leste do país.
O ministro classificou os soldados russos como "bucha de canhão" como parte de uma "tática de moedor de carne" usada por Moscou.
Papa
No Angelus deste domingo, o papa Francisco saudou a comunidade ucraniana de Milão presente na Praça São Pedro, no Vaticano, e voltou a pedir o fim da guerra deflagrada pela Rússia desde o dia 24 de fevereiro de 2022.
"Louvo o vosso empenho no acolhimento dos vossos compatriotas que fugiram da guerra. Que o Senhor dê a paz ao martirizado povo ucraniano", rezou o Pontífice.
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