(ANSA) - O primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, pediu desculpas às famílias das vítimas de um dos piores acidentes ferroviários registrado no país nos últimos anos.
Um trem de passageiros transportando mais de 350 pessoas colidiu com um trem de carga na noite da última terça-feira (28) em Tempi, perto da cidade de Larissa, matando pelo menos 57 pessoas e deixando dezenas de feridos.
"Como primeiro-ministro, devo a todos, mas especialmente aos parentes das vítimas, pedir perdão", escreveu ele em uma mensagem dirigida aos gregos e publicada em sua conta no Facebook.
Segundo Mitsotakis, "na Grécia de 2023, não é possível que dois trens viajem em direções opostas na mesma linha e não sejam notados por ninguém".
O acidente provocou a ira da população, que foi às ruas com raiva generalizada sobre o histórico de segurança ferroviária do país. De acordo com as autoridades gregas, cerca de 7,5 mil pessoas manifestaram a sua raiva em frente ao Parlamento de Atenas.
Os manifestantes, que acenaram com cartazes com frases como "Abaixo os governos assassinos", responderam ao apelo de estudantes, trabalhadores ferroviários e funcionários do setor público, enquanto trens e metrôs entraram em greve em todo o país.
Um ato de violência também foi registrado em frente ao Parlamento. Alguns manifestantes atearam fogo contra latas de lixo e jogaram coquetéis molotov. A polícia respondeu com gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral.
Vaticano -
Nesta manhã, o papa Francisco rezou pelas vítimas do acidente durante a oração do Angelus, na praça São Pedro, no Vaticano.
"Nestes dias, o meu pensamento dirige-se muitas vezes às vítimas do acidente ferroviário na Grécia, muitas delas jovens estudantes. Rezo pelos falecidos, estou próximo dos feridos e das suas famílias", afirmou o Pontífice, pedindo que "nossa Senhora os conforte".
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