(ANSA) - O Instituto Nacional de Estatística da Itália (Istat) divulgou os dados demográficos provisórios de 2022 que indicam, mais uma vez, uma retração no número de nascimentos e na quantidade de moradores no país ao fim do ano.
Em 31 de dezembro de 2022, eram 179 mil habitantes a menos no país, uma queda de 0,3% em relação ao início do ano, totalizando 58.850.717 cidadãos. Os nascimentos tiveram retração de 1,9%, somando 392.598 bebês registrados nos 12 meses do ano.
E a queda ainda não foi maior porque a Itália registrou uma alta de 13,3% nos registros dos estrangeiros que formalmente moram no país - 360.685 em números totais.
Ainda conforme o relatório do Istat, a questão da relação morte x nascimentos no ano passado foi diferente.
"Se no biênio 2020-2021, a dinâmica demográfica foi prevalentemente influenciada pelas consequências dos efeitos da epidemia do Covid-19, em 2022 foram verificados alguns fatores contingentes (saída do estado de emergência sanitária, a crise internacional após o conflito na Ucrânia e o excesso de calor nos meses de verão) que delinearam novos cenários", pontua o órgão.
Segundo o Istat, ao fim do período de emergência, ocorrido em março de 2022, a dinâmica demográfica "restituiu um balanço de população ainda perturbado" por alguns dos efeitos da pandemia.
"A perda da população registrada no primeiro trimestre resulta, de fato, igual a 83 mil unidades, um percentual de 46,4% da queda no ano todo". Depois, houve uma nova retração nos nascimentos e no excesso de mortalidade nos meses de verão, por conta das "persistentes ondas de calor" que agravaram a dinâmica natural.
Ao mesmo tempo, a retomada da chegada dos migrantes internacionais, também devida em parte aos efeitos da crise na Ucrânia, produziu "efeitos positivos" ao contribuir com o aumento da população.
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