(ANSA) - O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, disse nesta quarta-feira (29) que a situação em torno da usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, ocupada pelas tropas russas, "não está melhorando e as hostilidades estão aumentando".
A declaração foi dada durante visita de Grossi à central nuclear, cuja segurança preocupa a comunidade internacional, segundo a agência Tass.
Em comunicado, a operadora ucraniana Energoatom já havia dito que Grossi foi até o local para "ver como evoluiu a situação na central nuclear de Zaporizhzia, conversar com os engenheiros nucleares que a administram".
Esta é a segunda visita do diretor da AIEA desde que o regime de Vladimir Putin invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022. Grossi, porém, continua empenhado em negociar um acordo com Moscou para proteger a usina nuclear e está modificando as propostas para buscar avanços nas negociações.
Grossi também pediu a criação de uma zona de segurança na área da usina para evitar um possível desastre nuclear.
"Estamos a fazer algumas alterações às propostas que apresentamos. Tenho certeza de que é possível estabelecer algum tipo de proteção, talvez não colocando tanto ênfase na ideia de área, mas na própria proteção: o que as pessoas devem ou não fazer para proteger (a planta) ao invés de ter um conceito territorial", concluiu.
Hoje, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a "guerra híbrida da Rússia com países hostis durará muito tempo". "Precisamos de firmeza, confiança, concentração e unidade em torno do presidente", disse.
Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que as sanções impostas pelo Ocidente podem ter "um efeito negativo" na economia russa, por isso é necessário "trabalhar a demanda interna", informou a agência RIA Novosti.
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