(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse nesta sexta-feira (31) que a reforma do sistema político do país para introduzir o presidencialismo é uma meta que pretende cumprir até o final de seu governo.
"Até o final da legislatura, realizaremos uma reforma institucional no sentido presidencial", declarou ela em um vídeo transmitido no comício de encerramento da campanha eleitoral de centro-direita em Udine, onde haverá eleições neste domingo.
Meloni citou o modelo de governo das regiões e observou "se um modelo mais parecido com este não seria melhor do que aquele que 'atolou' o Parlamento em disputas entre partidos".
"Esta é uma das próximas reformas que vamos lançar", acrescentou a premiê italiana, que defende o presidencialismo na Itália.
Atualmente, o chefe de Estado é escolhido pelo Parlamento e tem mandato de sete anos, mas a aliança formada pelos partidos ultranacionalistas Irmãos da Itália (FdI), de Meloni, e Liga, de Matteo Salvini, e pelo conservador Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi, propõe eleição direta para presidente.
Além disso, os líderes da coalizão falam abertamente em substituir o parlamentarismo pelo presidencialismo, o que daria amplos poderes ao candidato mais votado, independentemente de seu apoio no Legislativo, assim como acontece no Brasil e nos EUA.
Durante a campanha eleitoral, a proposta para mudar a forma de eleição para presidente da República citada no programa de governo de Meloni provocou polêmica no país e reações imediatas das outras forças políticas.
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