(ANSA) - A morte de João Paulo II, um dos papas mais populares da história recente da Igreja Católica, completa 18 anos neste domingo (2).
A data foi lembrada pela primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que reforçou que o religioso "ensinou tanto e deu tanto" ao mundo. "18 anos após a morte do papa João Paulo II, a quem tive a honra de conhecer, quero recordar a figura deste grande homem, de fortíssima força espiritual, que ensinou tanto e deu tanto à nossa nação e ao mundo inteiro", escreveu ela no Twitter.
A mensagem foi publicada pela premiê italiana junto com uma foto de Karol Wojtyla e sua célebre citação: "a liberdade não consiste em fazer o que queremos, mas em ter o direito de fazer o que devemos".
Hoje santo, o polonês Karol Wojtyla sentou no Trono de Pedro entre outubro de 1978 e abril de 2005, em um pontificado que durou 26 anos e meio, o terceiro maior da história.
João Paulo II era uma figura carismática, mas conservadora em termos morais, e faleceu aos 84 anos, após uma longa batalha contra o mal de Parkinson.
Entre as marcas de seu pontificado estão a campanha contra a Guerra Fria, o pedido de desculpas pelos crimes da Inquisição e a defesa das liberdades civis. Por outro lado, manteve a linha dura contra o aborto, os métodos contraceptivos, a reprodução assistida e a comunidade LGBTQIA+.
Recentemente, o correspondente holandês na Polônia Ekke Overbeek publicou um livro no qual revela que Wojtyla "sabia" dos casos de abusos de menores por padres católicos no território polonês e ajudou a encobri-los enquanto ainda era cardeal na arquidiocese de Cracóvia.
O jornalista investigou arquivos e entrevistou vítimas e testemunhas durante mais de uma década. A publicação provocou polêmica na Polônia e na Itália.
"Há 18 anos faleceu São João Paulo II, um imenso Pontífice.Descrever seus 27 anos de pontificado seria impossível, mas seu testemunho é diário. Infelizmente, também em algumas redes de televisão italianas o papa João Paulo II continua a ser vítima de atos de desprezo que ofendem a memória, o sentido ético e a verdade. Vamos recordá-lo com a grandeza que merece e como autor de uma doutrina social atual e ponto de referência para cada um de nós", afirmou Alfredo Antoniozzi, vice-líder do grupo do partido de direita Irmãos da Itália (FdI) na Câmara.
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