(ANSA) - O governo italiano aprovou nesta quinta-feira (6) a criação de uma sala de controle e a nomeação de um comissário nacional extraordinário para gerir os recursos hídricos e lidar com os efeitos de uma possível seca intensa no próximo verão.
A medida foi proposta pela primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e por seus ministros, incluindo o das Infraestruturas, Matteo Salvini, e do Meio Ambiente e Segurança Energética, Gilberto Pichetto Fratin, e aprovada em reunião.
O objetivo da sala de controle é fazer um levantamento em até 30 dias das obras e intervenções de realização urgente para fazer, em curto prazo, na tentativa de combater a crise hídrica.
Segundo nota do governo, "em caso de atrasos ou outros problemas críticos na implementação de intervenções infraestruturais individuais no setor hídrico, a sala de controle ativa procedimentos destinados a superar os atrasos ou problemas críticos que surgiram e também pode nomear comissários individuais".
O decreto aprovado hoje introduz ainda medidas urgentes para a prevenção e combate à seca e para o reforço e adaptação das infraestruturas hídricas, incluindo alternativas específicas destinadas a aumentar a resiliência dos sistemas hídricos às alterações climáticas e a reduzir a dispersão dos recursos.
O texto prevê também o aumento dos volumes úteis dos reservatórios; a possibilidade de criar livremente tanques de coleta de água da chuva para uso agrícola dentro de um volume máximo definido; a reutilização de águas residuais purificadas para irrigação; a introdução de simplificações consideráveis na construção de usinas de dessalinização, entre outras medidas.
Além disso, será definido um plano de água e será lançada uma campanha de sensibilização.
No verão passado, a Itália sofreu a pior seca em 70 anos e viu seu principal rio, o Pó, que corre ao norte dos Alpes ao Adriático, secar, provocando restrições hidrológicas.
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