(ANSA) - A justiça da República Democrática do Congo (RDC) condenou nesta sexta-feira (7) seis pessoas à prisão perpétua por participação no atentado que matou o embaixador italiano no país, Luca Attanasio, o carabineiro Vittorio Iacovacci, e o motorista Mustapha Milambo em 2021.
A Procuradoria Militar havia pedido a pena de morte para os seis, mas a justiça optou pela prisão até o fim da vida, em decisão que ainda cabe recurso. Cinco dos homens já estavam presos desde janeiro do ano passado e um continua em fuga. Todos se declararam inocentes durante o processo e disseram que confessaram no dia da detenção porque teriam sido agredidos.
Os acusados foram condenados por homicídios, associação criminosa e porte ilegal de armas e munições de guerra. A tese é de que eles planejaram o sequestro de Attanasio para exigir o resgate financeiro, mas o ataque não deu certo e os três foram assassinados.
Na sentença da justiça, os juízes determinaram que a Itália deve ser ressarcida em US$ 2 milhões pelo crime.
O governo italiano era parte civil do processo, mas não tinha indicado nenhum montante. Segundo fontes do judiciário, o valor “simbólico” deve ser pago pelos seis condenados.
Attanasio, Iacovacci e Milambo foram vítimas de uma emboscada enquanto estavam em um comboio do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PAM). O carro foi parado por um grupo criminoso no Parque Nacional Virunga, um santuário ambiental da RDC, mas que tem forte atuação de diversas milícias com os mais diferentes escopos - de grupos criminosos comuns a terroristas.
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