(ANSA) - Uma batalha pela custódia das quatros crianças indígenas que sobreviveram por 40 dias na Amazônia colombiana após um acidente de avião no dia 1º de maio começou entre os parentes na última segunda-feira (12).
O Instituto Colombiano de Assistência à Família (ICBF) explicou que ainda não foi decidido se os irmãos, com idades entre um e 13 anos e que ainda estão internados, vão ficar sob os cuidados dos avós ou do pai, que é acusado de violência doméstica. Todos os familiares serão ouvidos pela agência.
Astrid Cáceres, diretora do Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar, disse em uma entrevista de rádio que uma assistente social foi designada para cuidar das crianças a pedido de seus avós maternos, que disputam a custódia com o pai de dois dos menores.
Ontem, o avô Narciso Mucutuy acusou o pai das crianças de abuso doméstico da mãe, Magdalena Mucuty, que morreu no acidente, dizendo aos jornalistas que as crianças estavam escondidas na mata quando começaram as desavenças entre os dois.
Os menores sobreviveram sozinhos na floresta após a queda da aeronave em que estavam. A mãe das crianças, o piloto e um líder indígena morreram.
Hoje, o governo colombiano, inclusive, se comprometeu a custear a educação dos quatro irmãos indígenas, Lesly, Soleiny, Tien e Cristin.
De acordo com Cáceres, os quatro menores que sobreviveram na floresta de Caquetá e Guaviare receberão educação gratuita por toda a vida, com base em uma ordem presidencial.
"Falamos com o presidente e nos comprometemos a garantir a educação para proteger essas crianças", disse ela.
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