(ANSA) - O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se reuniu nesta segunda-feira (19) com o presidente da China, Xi Jinping, em meio às tentativas de desescalada das tensões entre as duas potências.
O encontro foi confirmado de última hora e pode abrir caminho para uma futura reunião entre Xi e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ainda neste ano.
De acordo com a imprensa estatal chinesa, Xi declarou que os dois países fizeram "progressos" durante a visita de Blinken, primeiro secretário de Estado dos EUA a visitar o gigante asiático desde 2018.
"As interações entre os Estados devem sempre se basear no respeito recíproco e na sinceridade. Espero que o secretário Blinken, por meio dessa visita, possa dar uma contribuição positiva para a estabilização das relações entre China e Estados Unidos", afirmou o presidente.
"As duas partes fizeram progressos e alcançaram um terreno comum em alguns pontos específicos", acrescentou.
Antes da reunião com Xi, Blinken já havia se encontrado com o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, e com o diretor da Comissão Central de Relações Exteriores do Partido Comunista, Wang Yi, que garantiu que Pequim não cederá na questão de Taiwan.
O governo chinês considera a ilha como uma província rebelde e já manifestou sua intenção de reintegrá-la a seu território.
"Sobre esse tema, a China não tem espaço para compromissos ou concessões", afirmou Wang, cobrando que os EUA respeitem a "integridade territorial" do país e "se oponham claramente à independência de Taiwan".
Blinken, por sua vez, disse que Pequim prometeu não fornecer armas para a Rússia na guerra contra a Ucrânia. O secretário, no entanto, expressou preocupação com "provocações" chinesas no Estreito de Taiwan e com a situação de Xinjiang, do Tibete e de Hong Kong. (ANSA)
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