(ANSA) - A morte de um adolescente de 17 anos em Nanterre, na França, durante uma abordagem policial provocou uma violenta onda de protestos na cidade, localizada nos arredores da capital Paris.
De acordo com as autoridades locais, os agentes fizeram uma blitz contra o carro de Nael, mas ele, que estava na condução do veículo, reagiu às ordens dos policiais e não parou. Após isso, um oficial sacou sua arma e a disparou, acertando o peito do jovem.
A dinâmica dos fatos ainda é confusa e controversa. A princípio, a polícia afirmou que o adolescente tentou atropelar os agentes, mas vídeos nas redes sociais mostraram que um dos oficiais apontou a arma diretamente para Nael e ameaçou dar um tiro em sua cabeça.
O policial que efetuou o disparo está detido sob a acusação de homicídio culposo. Nael, por sua vez, já era um velho conhecido das autoridades por cometer alguns delitos pequenos, como dirigir sem habilitação.
O caso gerou uma série de distúrbios ao longo da noite da última terça-feira (27) e das primeiras horas desta quarta (28). As forças de ordem, segundo o governo francês, prenderam mais de 30 manifestantes, enquanto 40 veículos foram incendiados.
Os protestos não aconteceram somente em Nanterre, onde Nael foi assassinado, mas também em Asnières-sur-Seine, Colombes, Mantes-la-Jolie e várias outras cidades da região. Os policiais precisaram se defender de objetos lançados pela multidão, mas responderam com bombas de gás lacrimogêneo.
O presidente da França, Emmanuel Macron, lamentou a morte de Nael, além de ter definido o episódio como "inexplicável" e "injustificável".
Gérald Darmanin, ministro do Interior da França, declarou que as imagens da abordagem que circularam nas redes sociais são "extremamente chocantes", enquanto a primeira-ministra do país, Elisabeth Borne, exigiu que o caso seja esclarecido.
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