(ANSA) - O desaparecimento de uma menina peruana de cinco anos na Itália completa um mês nesta segunda-feira (10), enquanto a família luta para manter acesos os holofotes sobre o caso.
Kataleya, também chamada de Kata, sumiu em 10 de junho, em Florença, onde vivia com a família em uma ocupação ilegal em um antigo hotel. A mãe da menina, Katherina Álvarez, acionou a polícia assim que voltou do trabalho e descobriu que sua filha não estava em casa.
Além da mãe, Kata morava com um irmão mais velho, de sete anos, e outros parentes, enquanto seu pai cumpria pena na cadeia por furto e acabou solto por conta do rapto da menina.
Uma câmera de segurança nos arredores do antigo hotel mostra Kata saindo do prédio sozinha, mas voltando logo em seguida. A polícia não descarta nenhuma hipótese, desde um afastamento voluntário até sequestro.
"Eu sinto que Kata ainda está viva, mas nos sentimos abandonados, percebemos a indiferença da Itália", afirmou Katherine ao jornal Il Messaggero. "Tenho a impressão de que não estão fazendo o bastante para encontrá-la e que nos primeiros dias se perdeu um tempo precioso procurando inutilmente no hotel", acrescentou.
Katherine ainda cogitou a hipótese de sua filha ter sido levada "ao exterior". "Por isso gostaria que sua foto fosse compartilhada também fora da Itália. Se não a encontraram aqui, ela pode ter sido levada a outro país", afirmou.
A mãe ainda reclamou que "ninguém importante, nem mesmo o prefeito [Dario Nardella, de centro-esquerda]", ofereceu apoio. "Tenho ajuda apenas do meu advogado", disse.
Kata tem 1,15 metro de altura e olhos e cabelos castanhos. Quando desapareceu, usava uma camiseta branca de mangas curtas, calças roxas e tênis preto.
Uma associação que auxilia famílias de pessoas desaparecidas convocou um protesto para a noite desta segunda em Florença, com o objetivo de "derrubar o muro de indiferença" a respeito da menina. (ANSA)
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