(ANSA) - Um tribunal de Bruxelas condenou na última terça-feira (25) seis dos 10 envolvidos nos atentados terroristas na capital belga no dia 22 de março de 2016, após sete meses de julgamento.
Os extremistas mataram 32 pessoas e feriram mais de 300 em três ações que paralisaram a cidade belga. Um duplo atentado foi realizado no aeroporto da capital e matou 16 civis.
Pouco mais de uma hora depois, uma explosão no metrô Maelbeek, no bairro onde fica grande parte das sedes institucionais da União Europeia, matou outras 16 pessoas.
Os crimes foram reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico que, poucos meses antes, havia matado cerca de 130 pessoas em atentados orquestrados em Paris, na França, em 13 de novembro de 2015.
Os 12 jurados da Corte Penal de Bruxelas consideraram culpados de "assassinato em contexto terrorista" o francês Salah Abdeslam, único sobrevivente entre os autores materiais dos ataques de Paris; o belga-marroquino Mohamed Abrini, também indiciado por ter participado do massacre na cidade francesa; Oussama Atar; o sueco de origem síria Osama Krayem; Ali El Haddad Asufi; e Bilal El Makhoukhi.
Adbeslam e Abrini já haviam sido condenados à prisão perpétua pelo ataque de Paris de 2015. Agora, com base no veredicto, os dois podem enfrentar uma sentença igual. A expectativa é de que a pena seja anunciada em setembro.
Já o tunisiano Sofien Ayari e o ruandês Hervé Bayingana Muhirwa foram absolvidos de assassinato, mas considerados culpados de participação em uma organização terrorista, enquanto os dois irmãos Smail e Ibrahim Farisi foram absolvidos de ambas as acusações.
A presidente da Corte, Laurence Massart, indicou que as 32 vítimas dos atentados se juntaram a outras quatro pessoas que morreram vários anos após o massacre e destacou "a cena de horror" das explosões no aeroporto de Bruxelas e na estação de metrô e o "sofrimento" que a tragédia causou.
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