(ANSA) - O cartel mexicano de Sinaloa, liderado pelo poderoso Joaquín Guzmán Loera, mais conhecido como "El Chapo" e que foi condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos, estaria buscando expandir sua influência para o Brasil, onde acredita-se que tenha acordos com o Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
"Reconhecidas pela extrema violência, o que as tornam uma das organizações mais perigosas do mundo, as organizações mexicanas continuam a expandir sua influência nos países produtores, consumidores e de trânsito de drogas, como o Brasil", afirma o documento da Abin.
O relatório destaca que os narcotraficantes mexicanos, que atualmente são os mais poderosos e violentos do mundo, veem o Brasil, com mais de 200 milhões de habitantes, como um "importante mercado de consumo e rota de tráfico de drogas" com destino à Europa.
Além do famoso cartel de Sinaloa, o grupo Jalisco Nueva Generación também estaria interessado em estabelecer operações no Brasil.
"O cartel Jalisco Nueva Generación está envolvido em crimes de extorsão, sequestro, roubo de veículos e tráfico de armas.
Eles também se especializaram em oferecer serviços de lavagem de dinheiro em paraísos fiscais para outras facções e até mesmo para grupos empresariais", aponta o documento ao qual o portal Metrópoles teve acesso.
A embaixada brasileira no México detectou "conexões concretas" entre os cartéis de Sinaloa e Jalisco Nueva Generación com o PCC.
Os contatos com as organizações mexicanas foram iniciados por Gilberto Aparecido dos Santos, homem de confiança de Marco Willians Camacho, também conhecido como Marcola, líder histórico do PCC.
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