(ANSA) - O presidente da Itália, Sergio Mattarella, visitou nesta quinta-feira (31) a estação ferroviária de Brandizzo, nos arredores de Turim, palco de uma tragédia com cinco mortos na noite da última quarta (30).
O chefe de Estado chegou ao local por volta das 15h30 (horário local) e foi recebido pelos prefeitos de Brandizzo, Paolo Bodoni, e de Turim, Stefano Lo Russo, além do governador do Piemonte, Alberto Cirio.
Mattarella depositou um buquê de flores na entrada da estação em homenagem aos cinco operários atropelados por um trem enquanto faziam uma manutenção nos trilhos. A visita durou apenas alguns minutos, e o presidente não deu declarações à imprensa.
Horas antes, no entanto, ele havia dito que "morrer no trabalho é um ultraje aos valores da convivência". "O presidente ficou impressionado com a tragédia e pediu que se faça luz o quanto antes sobre tudo isso", declarou Bodoni.
O acidente ocorreu pouco antes da meia-noite, perto da estação de Brandizzo, quando um trem vazio e fora de serviço atropelou um grupo de trabalhadores que fazia uma substituição de trilhos.
Segundo a polícia, a composição viajava a 160 quilômetros por hora e era formada pela locomotiva e mais 11 vagões. Outros dois operários conseguiram escapar dos trilhos e saíram ilesos.
As cinco vítimas foram identificadas como Saverio Giuseppe Lombardo, 52 anos; Giuseppe Aversa, 49; Giuseppe Sorvillo, 43; Michael Zanera, 34; e Kevin Laganà, 22. Todos eles morreram no momento do impacto.
O Ministério Público de Ivrea abriu uma investigação por desastre ferroviário culposo (quando não há a intenção de cometer o crime) e múltiplo homicídio culposo e vai tentar descobrir por que a circulação na linha não foi interrompida durante a manutenção.
A empresa estatal Ferrovie dello Stato (FS) se pronunciou e disse que os trabalhos deveriam ter começado apenas após a passagem do trem envolvido no acidente. Enquanto isso, funcionários da Rede Ferroviária Italiana (RFI) prometem uma greve de quatro horas para esta sexta-feira (1º) para pedir mais segurança no trabalho.
Papa Francisco
O papa Francisco lamentou a tragédia em Turim e disse que os acidentes de trabalho são “uma injustiça”, principalmente porque os “trabalhadores são sagrados”.
A declaração foi dada pelo Pontífice no avião que o leva à Mongólia, na Ásia Oriental, onde fará uma visita até o próximo dia 4 de setembro.
“Os acidentes são uma calamidade. É uma injustiça. Sempre por falta de cuidado. Os trabalhadores são sagrados”, afirmou ele ao responder uma pergunta sobre a tragédia com cinco mortos. (ANSA)
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