(ANSA) - Um tribunal de apelação de Bolonha, na Itália, confirmou nesta quarta-feira (27) a condenação do neofascista Gilberto Cavallini, 71 anos, à prisão perpétua por participação em um atentado que matou 85 pessoas na cidade em 2 de agosto de 1980.
O ataque ocorreu na estação central de Bolonha e é até hoje o ato terrorista mais mortal na história republicana italiana.
Cavallini já havia sido condenado em primeira instância, em janeiro de 2020, por ter ajudado Valerio Fioravanti, Francesca Mambro e Luigi Ciavardini, autores materiais do atentado, ao tê-los hospedado em sua casa antes do massacre e ao ter fornecido um carro e documentos falsos ao grupo.
Agora a sentença foi confirmada pela Corte de Apelação de Bolonha, mas ainda cabe recurso à Corte de Cassação.
Cavallini pertencia à organização terrorista neofascista Núcleos Armados Revolucionários (NAR), ativa entre o fim dos anos 1970 e o início da década de 1980. O grupo sempre negou participação no ataque.
Segundo o advogado Andrea Speranzoni, que defende famílias das vítimas, a sentença de segundo grau também confirma que o massacre teve motivações "políticas". "É um dia importante para a Justiça, para essa cidade e para as vítimas", declarou.
Já a vice-prefeita de Bolonha, Emily Clancy, afirmou que o objetivo do NAR era "minar a ordem constitucional e a vida democrática" na Itália. (ANSA)
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