(ANSA) - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e um dos líderes da oposição, Benny Gantz, fecharam um acordo nesta quarta-feira (11) para formar um governo nacional de emergência.
A informação foi divulgada pela imprensa local em meio à guerra em curso com o grupo fundamentalista Hamas e às hostilidades na fronteira no norte do país.
De acordo com o jornal "The Times of Israel", Gantz exigiu a criação de um pequeno gabinete de guerra com um número menor de ministros que teriam poderes para tomar decisões sobre a ofensiva, mas Netanyahu insistiu que ele terá a palavra final.
A ideia do seleto grupo também teria sido rejeitada pelo ministro de Segurança Nacional, Itamar Bem Gvir, que criticou o histórico de Gantz como chefe do Estado-Maior, embora tenha negado publicamente que se opõe à entrada dele no gabinete.
No entanto, segundo apuração, os líderes chegaram a um acordo durante reunião em Tel Aviv nesta manhã e ainda devem acertar os detalhes do plano, que possivelmente incluirá como ministros o ex-chefe de gabinete Gadi Eisenkot e o ex-ministro da Justiça Gideon Saar.
Já o chamado "gabinete de guerra", que conduzirá Israel durante a ofensiva contra o Hamas, será comandado por Netanyahu, Gantz, o atual ministro da Defesa, Yoav Gallant, Eisenkot e o ministro dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer.
O outro líder da oposição Yair Lapid permanece fora do acordo. O novo executivo ampliado deve se reunir em breve em Tel Aviv.
O mesmo procedimento já foi adotado às vésperas da Guerra dos Seis Dias, em 1967, que reconfigurou as fronteiras do país com a anexação de territórios egípcios e sírios.
O novo conflito entre Israel e Hamas, o pior em 50 anos, entrou no seu quinto dia com um balanço de mais de 2 mil mortos.
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