(ANSA) - O Ministério Público de Bolonha abriu uma investigação sobre o caso do tiktoker de 23 anos que cometeu suicídio em uma live na plataforma na última segunda-feira (9).
Segundo o pai dele, o jovem, conhecido pelo nickname "Inquisitor Ghost" (personagem do videogame Call of Duty de quem fazia cosplay), teria sido vítima de cyberbullying, com falsas acusações de pedofilia. A hipótese ainda não foi confirmada pelas autoridades.
"Não há dúvidas de que meu filho tenha sido vítima de cyberbullying. Não há necessidade nem de apresentar denúncia, está tão claro, os policiais já sabem de tudo. Há uma investigação e não posso ser eu a encontrar os responsáveis, mas basta olhar o TikTok para entender quem foi e o que aconteceu. A justiça deve ser feita", afirmou o pai.
Muitos seguidores do rapaz também relatam as falsas acusações, que teriam partido de uma adolescente turca de 17 anos e de outro usuário da rede social.
Eles teriam desencadeado um escândalo midiático.
"Meu filho era introvertido, não deprimido. Até 10 dias atrás passava por um bom período, depois tudo mudou. Comigo, sempre minimizou o que estava acontecendo, até o final. Naquela noite nos falamos meia hora antes que tudo acontecesse. Ele me falou de uma violação de sua privacidade, não de acusações de pedofilia, senão eu interviria imediatamente".
"Ele não tinha nem interagido com essa menina turca, bloqueou ela imediatamente. Mas circulam nas redes sociais prints de conversas falsas entre os dois, republicadas muitas vezes por vários usuários. Alguns deles, italianos, me pediram desculpas pelo que fizeram, dizendo que foram obrigados. Se não fizessem, também acabariam em escândalos midiáticos promovidos por essas pessoas", concluiu.
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