(ANSA) - Ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza deixaram cerca de 80 mortos nesta terça-feira (17), enquanto centenas de civis, incluindo cidadãos estrangeiros, ainda aguardam a abertura da fronteira com o Egito.
O balanço foi divulgado pela emissora árabe Al Jazeera, que cita fontes palestinas. Os bombardeios atingiram inclusive Rafah, município para onde muitos fugiram para escapar dos ataques constantes na Cidade de Gaza, no norte da Faixa.
Centenas de civis, incluindo cidadãos brasileiros e italianos, aguardam autorização para cruzar a fronteira com o Egito, de onde serão repatriados.
"Os italianos estão perto de Rafah, e esperamos que hoje consigam sair da Faixa de Gaza e chegar no Egito. As negociações estão em curso, e essa é nossa prioridade", disse o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani.
Do lado egípcio da fronteira, comboios de ajuda humanitária esperam permissão para entrar em Gaza, que já enfrenta escassez de água potável e pode ficar sem comida nos próximos dias.
Até o momento, o conflito já deixou mais de 4,2 mil mortos, sendo cerca de 2,8 mil do lado palestino e aproximadamente 1,8 mil no lado israelense, dos quais 947 civis foram identificados, segundo a polícia.
O grupo fundamentalista Hamas também diz ter entre 200 e 250 reféns e divulgou um vídeo exibindo uma delas, a franco-israelense Maya Sham, que pede para ser resgatada da Faixa de Gaza. "Acreditamos que haverá outras filmagens e estamos determinados a combater esse gênero de guerra", afirmou um porta-voz das Forças Armadas de Israel, Daniel Hagari, que acusou o movimento palestino de praticar "terrorismo psicológico".
Acredita-se que o país judeu esteja preparando uma incursão terrestre em Gaza, mas o Exército ressaltou que as próximas etapas da guerra podem reservar "algo diferente".
Líbano
Em outra frente de batalha, a artilharia israelense bombardeou colinas no sul do Líbano, em resposta a um ataque com míssil atribuído ao movimento xiita Hezbollah, aliado do Hamas, contra o povoado de Metulla, na Alta Galileia.
"Se o Hezbollah cometer um grave erro, reagiremos com muita força", prometeu Hagari. O Exército afirma ter matado "quatro terroristas" que tentavam se infiltrar em Israel a partir do Líbano.
Por outro lado, a Cruz Vermelha libanesa diz que os ataques israelenses deixaram pelo menos quatro mortos. (ANSA)
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