(ANSA) - O governo italiano colocou os hospitais do país à disposição para tratar os civis palestinos feridos que deixaram a Faixa de Gaza, em decorrência da guerra entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas iniciada no dia 7 de outubro.
"Dei mandato aos nossos diplomatas para expressarem a disposição da Itália de tratar em nossos hospitais os civis palestinos feridos que deixaram a Faixa", anunciou o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani.
O chanceler explicou ainda que o governo está disposto a "garantir atendimento especializado às pessoas que necessitam e que nada têm a ver com os terroristas do Hamas".
Segundo ele, a diplomacia italiana já está trabalhando para identificar os feridos que podem ir ao país europeu para o tratamento.
Tajani reiterou que "a população civil é a primeira vítima desta situação, os israelenses pelo ataque criminal do Hamas e os palestinos que absolutamente não devem estar envolvidos na reação justa e legal de Israel".
"Continuamos também a trabalhar para enviar ajuda humanitária à população palestina. Já foram enviadas 16 toneladas para que possa ser aliviado o sofrimento do povo civil que nada tem a ver com o Hamas", destacou, lembrando que a Itália é a favor de uma pausa no conflito que ajude os civis.
A guerra foi deflagrada após ataques sem precedentes cometidos pelo Hamas em Israel, que deixaram cerca de 1,4 mil mortos. Em resposta, o governo do premiê Benjamin Netanyahu iniciou uma grande ofensiva contra o grupo fundamentalista islâmico em Gaza, provocando a morte de mais de 9,2 mil pessoas.
Os bombardeios também fizeram o Hezbollah, grupo radical libanês se envolver em ataques contra Israel nas últimas semanas.
"Lanço um apelo às mais altas autoridades do Hezbollah para que transmitam mensagens de paz a favor de uma desescalada", pediu Tajani, alertando que "a Itália está trabalhando para uma desescalada no Oriente Médio".
Por fim, o ministro italiano pediu para o Hezbollah "não coloque lenha na fogueira e evite que o conflito se espalhe aos países vizinhos a partir do Líbano". "A Itália é sempre para dois povos e dois Estados", concluiu.
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