(ANSA) - A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou nesta sexta-feira (22) que mais de meio milhão de pessoas na Faixa de Gaza correm o risco de morrer de fome.
O relatório, elaborado por 23 agências do órgão e citado pelo jornal The Guardian, indicou que a dificuldade de obter alimentos no enclave palestino ultrapassou o que aconteceu no Afeganistão e no Iêmen nos últimos anos.
O problema em Gaza "aumenta a cada dia", conforme apurou o estudo, acrescentando que a crise alimentar atinge 576,6 mil pessoas, que estão em níveis "catastróficos" de fome.
"Nunca vi nada na escala do que está acontecendo em Gaza, e nesta velocidade", disse Arif Hussain, economista-chefe do Programa Mundial de Alimentos da ONU.
Martin Griffiths, o secretário adjunto da ONU para os Assuntos Humanitários, explicou que, além da fome, "doenças e desespero" serão levadas para o enclave com a crise alimentar.
"Em missões recentes no norte de Gaza, os funcionários da Organização Mundial da Saúde (OMS) disseram que todas as pessoas com quem falaram em Gaza estavam com fome. Pelo menos uma em cada quatro famílias enfrenta condições catastróficas. Elas sofrem de extrema falta de alimentos, morrem de fome e recorrem à venda dos seus bens", destacou a OMS.
A entidade acrescentou que a combinação de subnutrição e doenças infecciosas ameaça principalmente as crianças do enclave, que correm riscos de morrer de diarreia, pneumonia e sarampo.
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