(ANSA) - A Câmara Municipal de Novellara, cidade perto de Reggio Emilia onde a família da jovem paquistanesa Saman Abbas morava e onde ela foi assassinada após recusar um casamento arranjado, concedeu, por unanimidade, a cidadania honorária a ela.
"A partir desta noite, Saman é uma cidadã de Novellara. Símbolo de liberdade e autodeterminação. Uma mensagem forte e clara contra a prática violenta inaceitável dos casamentos forçados", disse a prefeita Elena Carletti.
A Câmara também aprovou a criação de um fundo municipal que unirá recursos públicos e privados para combater a violência de gênero na região, através de bolsas de estudo e formação de profissionais de campo.
Shabbar Abbas e Nazia Shaheen, pais de Saman, foram condenados no último dia 19 de dezembro à prisão perpétua pela morte da própria filha.
O dinamarquês Danish Hasnain, tio de Saman, pegou 14 anos de detenção por também ter participado da morte da paquistanesa.
Ikram Ijaz e Nomanhulaq Nomanhulaq, primos da jovem de 18 anos, também eram investigados, mas foram absolvidos das acusações.
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