(ANSA) - O funeral da jovem grávida de 27 anos, vítima de feminicídio na Itália no último dia 19 de dezembro em um ataque a faca, foi realizado nesta sexta-feira (29) na Catedral de Castelfranco Veneto, no norte do país.
Vanessa Ballan foi morta com oito facadas, incluindo uma no coração, supostamente por seu ex-companheiro, um cidadão de Kosovo chamado Bunjar Fandaj, 41 anos, que está detido desde o dia do crime.
O governador da região do Vêneto, Luca Zaia, proclamou luto regional por ocasião do funeral. "O que aconteceu é muito grande, está muito além de qualquer previsão pessimista", declarou o bispo de Treviso, Michele Tomasi, durante a homilia.
Segundo o religioso, "não há nenhuma razão no mundo que justifique este ato, esta violência". "Nunca há. Certamente não existe no caso de Vanessa e do filho que ela carregava no ventre".
Para Tomasi, "não há sentido no seu assassinato brutal. Isto é mau. E não podemos, não temos o direito, de aceitar o mal". Ele pediu "silêncio do clamor e da curiosidade. Silêncio da memória e das emoções mais negativas. Silêncio da oração que invoca o consolo das vítimas e a conversão dos violentos".
Ballan, que também era mãe de um menino de quatro anos, foi esfaqueada até a morte do lado de fora de sua cassa, em uma vila no pequeno vilarejo de Spineda, na cidade de Altivole, na província de Treviso.
Fandaj, que é o principal suspeito, teve um relacionamento com a vítima em 2022 e começou a persegui-la após o término. Ele, que chegou a ser denunciado à polícia por Ballan, foi detido sob a acusação de homicídio qualificado.
De acordo com as autoridades italianas, antes de cometer o crime, Fandaj enviou uma mensagem via WhatsApp para o novo companheiro da vítima, fazendo referências explícitas sobre o relacionamento com Vanessa, acompanhada de um vídeo. A polícia apura o caso.
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