(ANSA) - Por ocasião da discussão na Câmara dos Deputados sobre a prorrogação da ajuda militar à Ucrânia, o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, afirmou nesta quarta-feira (10) que o apoio do país a Kiev “segue forte e completamente inalterado”.
A extensão da ajuda foi aprovada pelo Conselho dos Ministros em dezembro.
“O caminho para percorrer ao lado da Ucrânia ainda é longo, mas seria um erro estratégico e político dramático dar um passo atrás agora. O nosso apoio deve continuar até que cessem os ataques dos russos”, avaliou o ministro, discursando em plenário.
O titular da Defesa também defendeu uma ampliação da diplomacia em meio ao conflito: “Parece ter chegado o momento de uma incisiva ação diplomática que acompanhe as ajudas que estamos levando adiante, porque temos verificado uma série de sinais importantes de ambas as partes interessadas”.
“As declarações de diversos interlocutores russos destacam um lento e progressivo amadurecimento de uma disponibilidade ao diálogo para pôr fim à guerra”, acrescentou.
Para o ministro, “o apoio da Defesa italiana, como de todos os outros países europeus, deverá ser uma força motriz e um estímulo para que a União Europeia crie as condições para iniciar discussões com Moscou”: “Com plena consciência de que o conflito na Ucrânia é um conflito na União Europeia”.
“Para cada tratativa de paz, não podemos deixar de partir de um pressuposto: na guerra entre Rússia e Ucrânia existe um agredido e um agressor, existe uma nação que a cada dia bombardeia alvos militares e civis de uma outra nação. A cada dia essa guerra nos lembra que temos o dever de defender a liberdade das nações e o Direito Internacional”, disse Crosetto.
“Nós decidimos defender não só uma nação, mas princípios e valores”, concluiu.
Após o discurso, a Câmara aprovou a resolução da maioria que compromete o governo a “continuar a apoiar, em linha com os esforços assumidos e com o que for acordado no âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte [Otan] e UE, além dos consensos internacionais de que a Itália faz parte, as autoridades ucranianas, inclusive cedendo meios, materiais e equipamentos militares”.
O dispositivo foi aprovado com 195 votos favoráveis, 50 contrários e 55 abstenções, e também precisa ser avaliado pelo Senado.
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