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Número de mortos em conflitos em Gaza sobe para 23,3 mil

Número de mortos em conflitos em Gaza sobe para 23,3 mil

Israel acusa funcionários da UNRWA de apoiarem Hamas

GAZA, 10 janeiro 2024, 17:20

Redação ANSA

ANSACheck

Soldados israelenses durante operação terrestre em Gaza - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

(ANSA) - Subiu para 23,3 mil o número de mortos em ataques israelenses na Faixa de Gaza, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (10) pelo Ministério da Saúde do enclave palestino, que é controlado pelo grupo fundamentalista Hamas.

O boletim totaliza 23.357 vítimas e também contabiliza 59.410 feridos em três meses de guerra. A maioria das vítimas são "mulheres, adolescentes e crianças", revelaram as autoridades locais.

Segundo o Exército israelense, 186 soldados também foram mortos em combate desde o início da operação terrestre no território palestino. O porta-voz militar afirmou que a reservista Elkana Newlander, de 24 anos, perdeu a vida nas últimas 24 horas em uma batalha no centro de Gaza.

O conflito foi deflagrado em 7 de outubro, após atentados terroristas do Hamas que deixaram 1,2 mil mortos em Israel. Hoje, o governo israelense afirmou ter provas de que entre os milicianos do Hamas que participaram dos massacres "havia funcionários da Organização das Nações Unidas para refugiados palestinos em Gaza (UNRWA).

A informação foi divulgada por uma rádio militar, citando dados recebidos pelo Shin Bet, o serviço de segurança interna de Israel.

Além disso, as autoridades israelenses também recolheram provas no território, segundo as quais a UNRWA teria cooperado com o Hamas em "atividades terroristas", apesar de ser considerada uma organização humanitária.

Ambulância

O Crescente Vermelho informou nesta quarta-feira (10) que quatro pessoas foram mortas em um ataque israelense a uma ambulância em Gaza.

As vítimas eram quatro paramédicos.

"Quatro membros das equipes de ambulâncias do Crescente Vermelho Palestino foram vitimados devido ao ataque da ocupação [Israel] a uma ambulância ao longo de Salah al-Din, na entrada de Deir al-Balah", afirmou a organização em um comunicado.

Jornalistas

Um porta-voz militar de Israel afirmou nesta quarta-feira (10) que Hamza al-Dahdouh e Mustafa Thuria, dois jornalistas mortos durante uma incursão israelense perto de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 7 de janeiro passado, eram “membros de organizações terroristas de Gaza”.

A fonte afirmou, com base em informações de inteligência, que “antes do ataque os dois haviam acionado drones representando uma ameaça iminente para os soldados israelenses”.

Segundo a mesma fonte, Thuria pertencia ao Hamas e Dahdouh à Jihad Islâmica.

"Thuria foi identificado em um documento encontrado em Gaza pelos soldados como membro da Brigada Gaza City do Hamas, onde atuava como vice-comandante de equipe no Batalhão al-Qadisiyyah", prosseguiu.

"Al-Dahdouh era um terrorista da Jihad Islâmica, envolvido nas atividades terroristas da organização. Documentos encontrados na Faixa pelos militares revelaram seu papel na Unidade de Engenharia Eletrônica da Jihad Islâmica e sua posição anterior como vice-comandante no Batalhão Zeitun de defesa aérea".


   

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