(ANSA) - As Forças Armadas do Equador informaram nesta quinta-feira (11) que cinco suspeitos da onda de violência no país, classificados como “terroristas”, foram mortos; 329 presos e que 41 reféns foram libertados.
Segundo o serviço penitenciário do país, também foram capturados 28 detentos que fugiram das prisões, mas 139 pessoas ainda estão reféns no cárcere.
O comandante do Exército, Nelson Proaño, sinalizou que a maior parte dos presos pertence às facções Tiguerones, Lobos e Choneros.
Trata-se do primeiro balanço oficial sobre as operações realizadas desde o início da crise de segurança do país.
Um grupo de criminosos do país que reivindica parte dos ataques divulgou um vídeo pedindo desculpas à população e acusando o presidente, Daniel Noboa, pela onda de violência que, até o momento, provocou ao menos 13 vítimas.
No vídeo, cerca de 20 pessoas aparecem, e um homem lê um comunicado: “Saudamos todo o país e nos desculpamos pelas desordens, sobretudo a vocês pobres, que são os mais atingidos”.
Na mensagem, o chefe de Estado é descrito como um “rapaz rico com seu ego de super-herói”, e é feito um aceno para possíveis negociações com o governo, a exemplo do que já ocorreu com a Colômbia e seu acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Em meio ao estado de emergência no país, o Brasil colocou a Polícia Federal (PF) à disposição das autoridades do Equador.
“Enviei uma mensagem ao diretor da polícia do Equador, César Zapata, e outros dirigentes da Ameripol, colocando nossos agentes à disposição e oferecendo ajuda”, disse o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
Segundo ele, o Brasil poderia colaborar com ações de inteligência e troca de informações.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discutiu o assunto em Brasília nesta quarta-feira (10) com o chanceler, Mauro Vieira, e o assessor Celso Amorim.
Um cidadão brasileiro, Thiago Allan Freitas, que estava entre os sequestrados em Guayaquil, foi libertado também na quarta, segundo a embaixada brasileira em Quito.
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