(ANSA) - O Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica do Irã disse nesta terça-feira (16) que atacou centros de espionagem de Israel em Irbil, no Curdistão iraquiano, em mais um degrau da escalada da tensão no Oriente Médio.
Segundo comunicado oficial, a guarda revolucionária usou "mísseis balísticos" para destruir "um dos principais quartéis-generais da espionagem do regime sionista" na região. Teerã diz que o local era usado para "o desenvolvimento de operações" de vigilância e para o "planejamento de ações terroristas".
"As operações ofensivas continuarão enquanto as últimas gotas de sangue dos mártires não tiverem sido vingadas", conclui a nota.
O bombardeio provocou condenações da comunidade internacional, a começar pelo Iraque, que denunciou uma "agressão contra a soberania" do país e a "segurança de seu povo". "Vamos tomar todas as medidas legais necessárias", disse o Ministério das Relações Exteriores iraquiano.
Bagdá também chamou as acusações do Irã de "falsidades" e prometeu acionar o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
De acordo com a organização de defesa dos direitos humanos no Irã Hengaw, com sede na Noruega, pelo menos cinco civis morreram no ataque, incluindo um bebê de 11 meses.
Já o Departamento de Estado dos EUA chamou a operação iraniana de "irresponsável" e declarou apoio ao "governo iraquiano e ao governo regional do Curdistão", cujo premiê, Masrour Barzani, refutou a acusação de servir de base para espionagem israelense.
"Esses ataques não devem permanecer sem resposta", acrescentou. Ao todo, o Irã diz ter disparado 11 mísseis em Irbil e 13 contra "bases de grupos terroristas, como o Estado Islâmico", em Idlib, na Síria. (ANSA)
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