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Itália recorda 7º aniversário de avalanche no Rigopiano

Itália recorda 7º aniversário de avalanche no Rigopiano

Tragédia no dia 18 de janeiro de 2017 deixou 29 mortos

ROMA, 18 janeiro 2024, 12:21

Redação ANSA

ANSACheck

Familiares recordam 29 vítimas de tragédia - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

(ANSA) - A Itália relembra nesta quinta-feira (18) o sétimo aniversário da avalanche sobre o hotel Rigopiano, em Farindola, que deixou 29 mortos no dia 18 de janeiro de 2017.

Parentes das vítimas e sobreviventes vão participar da tradicional procissão com 29 velas em frente ao obelisco do hotel, depositar flores e fazer a leitura dos nomes de todos que perderam a vida. Na sequência, um coral cantará e balões brancos serão lançados ao céu.

Em mensagem aos familiares, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, enviou "um pensamento comovente" e as suas "orações". "A memória das vítimas deve nos encorajar a trabalhar para que tragédias semelhantes nunca mais aconteçam", afirmou ele.

Em 18 de janeiro de 2017, às 16h49 (horário local), uma avalanche assolou e destruiu o luxuoso resort na Cordilheira dos Apeninos, provavelmente causada por três fortes terremotos que haviam atingido a região de Abruzzos na mesma manhã.

A tragédia provocou 29 mortos, e nove pessoas foram resgatadas com vida dos escombros - outros dois homens escaparam porque estavam fora do Rigopiano no momento do deslizamento.

O Ministério Público abriu inquéritos para apurar suspeitas que iam desde construção abusiva até falhas na prevenção de avalanches e no resgate dos hóspedes e funcionários. No entanto, o Tribunal de Pescara irritou as famílias das vítimas após absolver 25 réus e condenar outros cinco no processo em fevereiro de 2023.

Na ocasião, no final do julgamento em primeira instância, os parentes dos mortos gritaram palavras como "vergonha", "vendidos" e "assassinos".

Os únicos condenados pela tragédia são o prefeito de Farindola, Ilario Lacchetta (dois anos e oito meses); o ex-administrador do hotel Bruno Di Tommaso (seis meses); Giuseppe Gatto, redator de um relatório técnico sobre o pedido de socorro feito pelo Rigopiano (seis meses); e dois dirigentes da província de Pescara: Paolo D'Incecco e Mauro Di Blasio, ambos sentenciados a três anos e quatro meses de cadeia.

O MP havia pedido a condenação dos 30 réus a penas que totalizavam 151 anos de reclusão, mas o tribunal absolveu diversos dirigentes da região de Abruzzo, da Defesa Civil, da Prefeitura de Farindola e da Província de Pescara, além da empresa Gran Sasso Resort & Spa, dona do Rigopiano.

Os familiares, porém, ainda exigem que a justiça seja feita e apresentaram um recurso em L'Aquila em dezembro passado, cuja sentença está marcada para 9 de fevereiro.
   

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