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Crise da antiga siderúrgica Ilva gera protestos na Itália

Crise da antiga siderúrgica Ilva gera protestos na Itália

Empresas cobram pagamentos de 120 milhões de euros

TARANTO, 19 janeiro 2024, 13:30

Redação ANSA

ANSACheck

Trabalhadores da Ilva protestaram - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

(ANSA) - Empresas que trabalharam com a antiga siderúrgica Ilva, em Taranto, na Itália, realizam uma manifestação nesta sexta-feira (19) para exigir garantias sobre o pagamento de créditos acumulados no valor de 120 milhões de euros (R$ 643 mi).

O protesto é organizado pela associação que representa 80% das empresas que eram coligadas à Ilva (Aigi). Um cortejo com trabalhadores e veículos partiu da antiga sede da instalação, causando bloqueios temporários em uma estrada.

A Ilva, hoje Acciaierie d'Italia, atualmente tem como principal acionista a ArcelorMittal, que detém 62% do grupo, enquanto a agência estatal de investimentos Invitalia possui os 38% restantes.

No entanto, o governo pretende colocar a transnacional sob administração especial, sob o controle do país, e posteriormente buscar outro parceiro industrial.

A medida é semelhante a uma recuperação judicial, para que a empresa se reorganize para pagar suas dívidas e continue a operação.

A associação pede o pagamento de todas as faturas emitidas até 31 de dezembro de 2023 e a apresentação de um "plano industrial credível" que garanta a continuidade da produção.

O ministro das Empresas e do Made in Italy, Adolfo Urso, convocou uma reunião por videoconferência com as empresas fornecedoras e auxiliares para atualizar a situação da antiga Ilva e divulgar medidas adotadas pelo governo.

Segundo outra reunião realizada na quinta (18), o governo pretende realizar uma comissão temporária para encerrar a experiência com a multinacional, buscando parceiros privados para garantir a continuidade da produção, emprego e segurança dos trabalhadores.

Nesta sexta-feira, uma porta-voz do poder Executivo da UE, perguntada sobre a questão da intervenção na empresa, afirmou: "Cabe a um Estado-membro avaliar se uma medida específica implica em auxílios estatais e, se constituir um auxílio estatal nos termos do direito da UE, deve ser notificada à Comissão para avaliação prévia de qualquer concessão de auxílio".

 
   

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