(ANSA) - As primeiras crianças palestinas feridas na guerra entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas na Faixa de Gaza que chegaram na Itália relataram aos médicos do Bambino Gesù, em Roma, que saíram de um "inferno".
A informação foi divulgada nesta terça-feira (30) pelo presidente do hospital pediátrico, Tiziano Onesti, e pelo padre Ibrahim Faltas, franciscano da Custódia da Terra Santa, que se reuniram com os menores nas enfermarias.
Segundo eles, as crianças estavam com os olhos marejados de lágrimas, mas também felizes, curiosas e surpresas por se encontrarem em um país estrangeiro que as acolheu.
Os menores fazem parte do primeiro grupo de 10 palestinos feridos que serão tratados em hospitais italianos por causa da grave falta de serviços básicos de saúde na Faixa de Gaza devido aos ataques de Israel.
No total, são esperadas 100 crianças no país, acompanhadas de suas famílias, graças a um acordo com autoridades no Oriente Médio para a remoção delas de Gaza.
Atualmente, há quatro em Roma, assim como o maior de idade, três em Florença e três em Gênova, onde os médicos do Hospital Infantil Gaslini afirmaram que os relatos de que crianças em Gaza foram submetidas a procedimentos sem anestesia não são propagandas.
"Você pode ver o sofrimento nos olhos das meninas. Elas estão muito, muito afetadas, você tem que pensar que o que elas disseram não é propaganda", afirmou o chefe da terapia intensiva, Andrea Moscatelli, depois de tratar três meninas palestinas.
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